quarta-feira, 14 de novembro de 2012

SIMPÓSIO DE CERÂMICA/CURITIBA O Mexicano GUSTAVO PEREZ abrilhantou o Simpósio e foi um aprendizado escutar suas palavras e ver sua habilidade no torno e na execução de suas peças. Evidentemente que não houve demonstração de como passar o vidrado nas peças, queima e resultado. Mostrou peças prontas. Abriu o jogo totalmente de como encontrou o efeito que usa até hoje com o auxílio de estilete e deformações que realçam o corte com o estilete. Disse não ter qualquer problema em mostrar como encontrou efeitos que usa até hoje e que é uma carga muito grande ter que levar segredos nos ombros. Muita bondade e grandeza. Ressaltou que todos os seres humanos são únicos e que todos encontrarão um trabalho que será próprio, mas para isso precisam insistir e ter confiança em si próprio. O Sucesso do Gustavo é evidente, pelas exposições que realiza e pelo preço de suas peças, dependendo do tamanho, valendo vários milhares de dólares. Ora, isso é um incentivo e uma direção. Dá para acreditar que é possível sobreviver e ter sucesso com a cerâmica. Simplicidade, auto-crítica e muito trabalho. Claro, uma boa dose de boa sorte, estar no momento certo no lugar certo, encontrar a pessoa certa, mas, principalmente, ter um bom trabalho, acreditar nele e avançar, sempre. A foto do Gustavo tem como fundo uma de suas peças. Na outra a parte interna de uma peça deformada por ele.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

SIMPÓSIO DE CERÂMICA/CURITIBA

Aconteceu de forma mais simples o nosso Congresso Nacional de Cerâmica, agora com a nova versão, retornando à mais antiga, Simpósio Paranaense de Cerâmica. Mais de 50% das pessoas que se inscreveram, não compareceram. Não foi cobrado taxa, por isso estava fácil fazer a inscrição, depois, comparecer, não foi importante. Isso contribuiu para esvaziar o acontecimento, favorecendo a idéia do Governo Estadual de congelar este evento, eliminá-lo simplesmente. Os próprios ceramistas contribuíram para acabar com o evento. Ri, sozinho, quando estive lendo, nesta semana, o grego Hesíodo ( em espanhol), no livro "Os Trabalhos e os Dias": o ceramista com o ceramista se irrita....!!!! Hilário, há dois mil e oitocentos anos.......!!!!!!!!! SERRA DA CAPIVARA X PROJETO ÑADEVA! As duas palestras que aconteceram juntas, em seqüência, com a Administradora do Projeto de Cerâmica da Serra da Capivara e a Maria Cheung e Izamara, do Projeto Ñadeva, de Fóz do Iguaçu, foram muito interessantes. Estavam, lado a lado, os dois projetos que eu acho os melhores do Brasil em termos de artesanato com identidade, com resgate cultural e com a participação da comunidade e, ainda, principalmente, com retorno financeiro. O Projeto da Serra da Capivara que aproveita os desenhos Rupestres do Parque da Serra da Capivara para colocar na cerâmica já é conhecido em todo Brasil. Criou uma marca. A luta deste povo, que para comprar gás para os fornos precisam viajar 380 kms, é e foi titânica. Admirável. O apoio que teve de Niede Guidon, responsável pelo Parque da Serra da Capivara, arqueóloga francesa, conhecida mundialmente, que ainda luta pela preservação das pinturas do Parque, com poucas verbas, etc, mas, com sua ajuda, criou visibilidade no exterior o trabalho artesanal daquele povo batalhador. Já o Projeto Ñadeva é quase um projeto Padrão. Levantamento de tudo que se conseguiu na tríplice fronteira, arqueologia, cultura, natureza, depois um trabalho de design de grande nível, publicação de livro em dois volumes, etc. O resultado conseguido foi de grande nível. É o ideal, o sonhado. A diferença entre os dois projetos foi o apoio financeiro da Itaipu para este último. Os dois projetos são fantásticos.O primeiro foi mais batalhado para sobreviver e ainda luta para isso. O segundo luta, também, porém em melhores condições: 580 associados! Parabéns para os dois projetos, minha sincera admiração e respeito! Quando crescer, gostaria de poder participar de um projeto assim, qualquer um dos dois!